Espaço São José Liberto abre a exposição Joias de Nazaré 2013



Joias de Nazaré 2013 foi aberta na capela do São José Liberto. Foto: Carlos Sodré AG. PARÁ

A décima edição da exposição “Joias de Nazaré” foi aberta na noite da última quinta-feira (3), com uma celebração religiosa e solenidade na capela, seguida de programação cultural no Jardim da Liberdade, do Espaço São José Liberto. As 63 joias artesanais criadas por designers e microempresários do Programa Polo Joalheiro ficam expostas para visitação até 31 deste mês. Com o tema “O Povo do Círio: Arte, Cultura, Vida e Fé em Honra à Maria”, o público pode admirar e comprar joias artesanais religiosas criadas em prata e ouro, com diversos formatos e preços. Com entrada franca, a exposição está na capela do espaço.

A exposição é coordenada pelas secretarias de Estado de Cultura (Secult) e de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama). A edição comemorativa teve o apoio do curso de licenciatura em música da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

Os anéis, colares, pingentes, braceletes e brincos da nova coleção destacam-se pelas gemas minerais, inovação e design dos artistas criadores das joias inspiradas na fé de quem participa da festividade do Círio de Nazaré. Nas joias religiosas, podem ser percebidas características específicas, como o uso de muitas gemas, inscrições e grandes correntes.
Corrente Elos e pingentes Ícones, criação da designer Rosa Castro. Foto: Carlos Sodré AG PARÁ

De um delicado escapulário em prata criado pela designer Camilla Amaral, “Promessas”, até um maxicolar conceitual também em prata - composto por corrente "Elos" e pingentes "Ícones Casa, Flor, Barco, Manto e Anjos” -, assinado pela designer Rosa Castro, em que se destacam objetos em madeira certificada imbúia, a exposição reúne joias para todos os gostos.

Segundo a diretora do Espaço São José Liberto, Rosa Helena Neves, o momento tem dois significados importantes. “O primeiro é a oportunidade para o público conhecer a excelência das joias religiosas criadas e produzidas pelo Programa Polo Joalheiro do Pará, por meio dos designers e microempresários. O outro é promover a diversidade cultural do Pará tendo o Círio de Nazaré como maior festa católica do mundo, promovendo o Espaço São José Liberto como referência turística do Estado”, diz.

“Essa exposição reflete o resultado do trabalho que está sendo feito no São José Liberto. O momento é oportuno porque é um momento de festa da região, do Pará, onde o público pode ver toda a criatividade e a arte dos autores das joias. O paraense talvez não tenha a dimensão do que é este espaço, que já é reconhecido nacional e internacionalmente. Aqui se desenvolve criatividade em uma iniciativa que gera emprego, ocupação. Esse espaço e o programa canalizam o trabalho desenvolvido no São José Liberto”, disse o diretor de Desenvolvimento de Comércio e Serviços da Seicom, Airton Lisboa.
Diretora Rosa Helena Neves, durante a abertura da exposição. Foto: Tamara Saré/Ascom Secult
Ambiente – A diretora do Museu de Gemas do Pará e uma das organizadoras da exposição, Anna Cristina Resque, destacou o projeto visual da exposição, criado pelos artistas plásticos Emanuel Franco e Armando Queiroz. A ambientação destaca tripés em madeira como base para as joias, a exemplo dos usados nos Santos de Roca, imagens do acervo do Museu de Arte Sacra do Pará cedidas para a exposição.

“As imagens participavam de manifestações teatrais nas ruas, nas procissões. Essa característica de usar esses ícones, provavelmente, tinha relação com as procissões, para que os ícones atraiam pessoas para as procissões. Crescer, atrair público foi o que a gente tentou mostrar aqui e isso tem tudo a ver com o Círio e com os dez anos da exposição, até pela história milenar do prédio”, explicou.

Outro destaque da exposição são os suportes de joias e imagens da santa, criados pelo artesão Luiz Guilherme Santos, que usou resina e farinhas de tapioca e d’água para compor as peças artesanais.

Réplica da imagem peregrina. Foto: Carlos Sodré/AG PARÁ
No centro da capela, durante o período da exposição, o público também poderá apreciar uma réplica da imagem peregrina da padroeira dos paraenses, que foi ofertada ao Papa Francisco, pelo governo do Estado, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A réplica foi criada pelo artesão Max Santos, com participação da lapidária Leila Salame e do ourives Francisco de Assis Cardoso na concepção e produção do broche e das coroas.

Detalhes – “Brinco Três Pedidos”, pingentes “Graça Alcançada”, “Nossa Senhora Marajoara”, “Santa Majestosa Demonstração de Fé e Peregrina”, colares “Lírio Mimoso” e “Encontro de Fé” são alguns dos nomes das peças, ligados à temática da exposição. As joias atraíram os olhares de quem participou da abertura.

A designer Joseli Limão criou o pingente “Peregrina”, em ouro com citrino, ametista e turmalina. A inspiração, segundo ela, foram as cores da berlinda de Nossa Senhora, “que todo ano mudam, mas são sempre coloridas e em harmonia”. A outra peça criada por ela, também em ouro, foi o colar “Promesseiros”, que faz referência ao povo que acompanha o Círio em devoção à Maria.
"Joias de Nazaré 2013". Foto: Carlos Sodré/AG. PARÁ

“Achei bem interessante, porque tem todos os tipos de joias, das mais delicadas, às maiores e bem refinadas. O que chamou a atenção foi que vi pela primeira vez a Santa com a berlinda, e achei isso muito bonito, muito diferente, porque geralmente a gente só vê a Santa representada”, comentou o cirurgião dentista Alexandre da Silva Cruz.

“As joias estão lindas. Adorei a riqueza de detalhes, a criatividade. Os criadores estão de parabéns, porque devem ter feito um estudo, uma análise dos materiais que podem ser usados, dentro da nossa capacidade mineral”, comentou a advogada Anna Faria. A aposentada Cléia de Oliveira elogiou a programação cultural do evento. “Está maravilhoso, a música da melhor qualidade. As joias também são belíssimas”, destacou.

Serviço: a exposição “Joias de Nazaré 2013, O povo do Círio: Arte, Cultura, Vida e Fé em Honra à Maria” segue até 31 de outubro, na capela do Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, Jurunas), no horário especial de funcionamento do espaço no mês de outubro: de segunda a sábado, das 9 às 19h, e aos domingos e feriados, das 10 às 18h. A exposição não abrirá dias 13 e 28. Entrada gratuita.

Ascom/Igama

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