Comitiva da Martinica conhece a produção de joias no Estado

Visita técnica da comitiva da Martinica às lojas de joias do ESJL.
Foto:Ascom/Igama
O grupo de nove joalheiros da Martinica, ilha no Caribe cujo território é da França, iniciou na tarde da última quarta-feira (22) as visitas técnicas às unidades produtivas e de comercialização de joias do Pará. A programação segue até sexta-feira (24), sob a orientação da representante do conselho regional da Martinica no Brasil e adida de cooperação junto à Embaixada da França em Brasília, ManuellaToussay. A agenda faz parte do projeto que subsidiará a implantação de um polo joalheiro na Martinica usando o modelo paraense como base.

A comitiva conheceu o Museu de Gemas do Pará e as lojas de joias, lapidação e ourivesaria do Polo Joalheiro do Pará, entre elas a Una, experiência de loja incubadora existente no espaço criativo e de comercialização do São José Liberto. Visitaram também a Casa do Artesão e o Coliseu das Artes, que fica no anfiteatro do complexo.

Marcelo Monteiro é um dos sete membros do Consórcio de Joias do Pará e também dono da ourivesaria Ourogema, que recebeu visita da comitiva. “Na Martinica, eles usam mais o ouro. Quem atua em joalheria tem que ter criatividade, e só com o tempo vai se aperfeiçoando. A ideia da parceria é muito interessante, porque vai fomentar e promover a questão de cooperação, fazendo os joalheiros do território francês produzirem joias com mais qualidade e criatividade, como é feito no Espaço São José Liberto”, disse Dalmsô Barbosa, ao observar a unidade produtiva Ourogema nesta quinta-feira (23).
Loja de Gemas do ESJL durante visita.
Foto: Ascom/Igama

Barbosa tem dupla nacionalidade (brasileira e francesa), é ourives há 26 anos e o único lapidador da Martinica. Fez o curso em 1980 e hoje é considerado o melhor ourives da região. Só não atua como lapidador pela falta de matéria-prima no território, o que torna a mão de obra de lapidação muito cara. Ele ainda contou que todas as pedras preciosas são importadas já lapidadas. A maioria de suas peças é feita sob encomenda, para atender um público consumidor seleto, que consome joias de luxo.

Marcelo Monteiro, que atua no ramo da joalheria há 35 anos, explicou a diferença entre uma ilha de lapidação, onde ocorre o tratamento da drusa – pedra quase em seu estado bruto – e a ourivesaria, espaço de manuseio e criação de peças em ouro. Ambos os locais são unidades produtivas de joias. “Fazer parte do consórcio é a experiência mais vantajosa que se pode ter, pois unir-se em prol de um objetivo comum, no nosso caso, o de reduzir custos, principalmente, tem sido um ganho”, disse ele ao grupo da Martinica.

Parceria – Em reunião na Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) na tarde desta quinta-feira (23), o gestor do Consórcio de Joias do Pará, João Amorim, dono da loja de joias Amorimendes, falou sobre a formação do consórcio e ressaltou que a parceria começa com o conhecimento de ambas as partes.

A comitiva da Martinica descobre uma nova forma de gestão e comercialização. Pensamos para esse projeto um modelo mais consolidado de joint ventures. Até porque seria o resultado mais interessante entre a união de uma empresa e talvez a negociação dos empresários com a Martinica. Eles pretendem gerar uma empresa em solo francês na Martinica para ser trabalhado o modelo usado pelo Polo Joalheiro do Pará”, explicou.
Coordenador comercial do Igama/ESJL, Thiago Albuquerque, junto aos representantes da Martinica. Foto: Ascom/Igama
O diretor do Centro Internacional de Negócios (CIN), da Fiepa, Raul Tavares, falou sobre a parceria da instituição neste acordo de cooperação técnica entre o Governo do Pará e a Martinica na questão da promoção de troca de experiências para a potencial implantação de um polo semelhante no território francês.

Essa parceria se consolidou a partir do momento em que a estrutura do setor produtivo, a Fiepa, e seus sindicatos trazem aquilo que tem de potencial e expertise das empresas locais para as empresas da Martinica, estimulando não só a troca de experiência das indústrias do Pará e das indústrias da Martinica, mas também criando um processo de integração entre as duas partes voltado especificamente para área econômica, que possa gerar negócios para o território francês e para o Estado do Pará”, afirmou Raul Tavares.

Leia na Agência Pará de Notícias.

Leia também: Polo Joalheiro do Pará servirá de modelo para projeto da Martinica.

Ascom/Seicom




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