Espaço São José Liberto

Anel destaca a técnica da Lapidação Diferenciada. FOTO: Rafael Araújo

Joias artesanais criadas e confeccionadas por profissionais do Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro do Pará estão sendo expostas e comercializadas na Feira do Artesanato Mundial (FAM), realizada até o domingo, 24, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Com a proposta de incentivar e promover a produção artesanal como importante estratégia de divulgação cultural, geração de emprego e renda e educação ambiental, a FAM reúne mais de 20 mil peças, com participação significativa do Pará.

Em ouro e prata, as joias destacam-se pela rica diversidade de gemas da Amazônia, bem como pela temática amazônica e seus costumes, lendas, cores e inspirações, além do trabalho diferenciado de técnicas de joalheria paraense. São joias comercializadas pela empresa HS Criações e pela Loja Una - experiência de loja incubadora, que reúne o trabalho de 40 designers, cravadores, lapidários, ourives e empreendedores formalizados ligados ao Programa Polo Joalheiro do Pará, mantido pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).

A feira reúne artesãos de 23 municípios paraenses, 18 Estados e 20 países. Grande parte dos artesãos paraenses que participam da FAM integram o Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas e Metais Preciosos (Programa Polo Joalheiro) e comercializam suas peças no Espaço São José Liberto. Referência em joias e artesanato paraense, o São José Liberto tem cadastrados em seu Programa cerca de 570 artesãos de 45 dos 143 municípios do Estado do Pará. Eles correspondem à representatividade de todas as tipologias como, por exemplo, a madeira, a balata, o miriti, o encauchado e as cerâmicas marajoaras e tapajônicas.

O estande do São José Liberto na FAM 2013 mostra peças trabalhadas em metais nobres, como o ouro e a prata, e com o diferencial do design inspirado na diversidade cultural e da natureza da região, mas numa linguagem contemporânea. A Amazônia está representada nos costumes indígenas, nas tradições religiosas, nas lendas, entre outros símbolos. As cores e os formatos diversos das gemas minerais são outro ponto de destaque.

Coleção Símbolo Conceitual, da HS Criações, destaca a técnica da Incrustação Paraense. FOTO: Igama/Divulgação

Pingente Muiraquitã

Técnicas desenvolvidas pelos profissionais também marcam o design das peças, como a Lapidação Diferenciada, produzida pela lapidária Leila Salame. Outro procedimento que chama a atenção em algumas joias é a Incrustação Paraense, técnica especial de ourivesaria também chamada de “incrustação a frio”, desenvolvida pelo ourives Joelson Leão. Pó de gemas e de diversos materiais orgânicos da joalheria local são utilizados em um procedimento que aproveita a matéria-prima mineral, obtendo resultados especiais de coloração, agregando novos materiais e substituindo a esmaltação.

Esta edição da FAM é alusiva ao Dia do Artesão, comemorado na última terça-feira (19). A realização da feira é da Empresa Charph Eventos, em parceria com o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda (Seter), com apoio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e Companhia Paraense de Turismo (Paratur).


Ascom/Igama